Alimento da mente

Árvore de peça teatral, um fardo
preso estou, como se fosse nome
Quero pegá-lo, na mente capturá-lo
No fundo o prender, deixar à fome

Da árvore surge um achismo:
Semelhança é mera coincidência
Um fato consumado meu e dela:
De ambos não nota-se a ausência

Nós somos só um detalhe tolo
Indesejável em geral, eu, ela não
Sou a desgostosa cereja do bolo
Consumida apenas por educação

Crio expectativas, não consigo oferecer algo à tempo
Procuro algo para eles, vão e pegam outro alimento
Em qualquer momento que com eles passei em vida
Ajo nesta peça como o vento, de passagem esquecida